sábado, dezembro 31, 2005

hope for it!

Aí está, não há nada como férias. Nada mesmo! greve, feriadão, essas coisas que advém das férias, o q pode se parecer com isso?

O mundo vai completar mais uma volta no sol, e é sempre hora de repensar, mesmo que isso nunca faça a menor diferença.

Já me decidi, eu quero ser algo que me divirta: um jornalista turístico e/ou musical e/ou cultural, um contador de histórias, um músico, um faquir, um programador desses que se diverte à beça, um percussionista de orquestra, ou outra coisa que eu possa sonhar.

Eu quero ficar com o que consegui de bom e de ruim neste ano. Não conseguirei tudo, seria muita pretenção se eu me prendesse a 2005 somente. Mas em 2006 eu quero fazer um "2005 2 - a aventura continua...". E dessa aventura, colocar bolhas em minha mão e muque na coluna.

Pq? Pq sim!

É preciso inflar, pra cada sopro que os anos dão, né não?

2006 cheio pra vc, mundo! Sempre torço por vc!

...

E Jericoacoara é ótimo pra fazer luas-de-mel!
E canoa quebrada é uma pipa com menos árvore!
E Fortaleza eu inda preciso voltar pra ter certeza do que acho!

music of the day: Bob Marley - Everything Is Gonna Be All Right

"Antes mundo era pequeno porque Terra era grande
Hoje mundo é muito grande porque Terra é pequena
Do tamanho da antena parabolicamará
Ê volta do mundo camará,ê mundo da volta camará

Antes longe era distante, perto só quando dava
Quando muito ali defronte e o horizonte acabava
Hoje lá trás dos montes den' de casa camará
Ê volta do mundo, camará, ê ê mundo da volta camará

(...)

Esse tempo nunca passa não é de ontem nem de hoje
Mora no som da cabaça, nem tá preso nem foge
No instante que tange o berimbau, meu camará
Ê volta do mundo, camará, ê ê mundo da volta camará

De jangada leva uma eternidade, de saveiro leva uma encarnação
De avião o tempo de uma saudade...
Gilberto Gil - Parabolicamará

terça-feira, dezembro 20, 2005

do not wait a goodbye from it!

"Gostou dessa?" Pergunta o ano pra mim. Eu sorrio amarelíssimo! A vodka fez efeito nele.

"Ei! me leia algumas coisas que vc escreveu no caderno do guga!" Manda ele. Eu, tonto, me esforço para ler alguma coisa. Se ao menos minha letra fosse melhor....

...

Acho que eu daria um bom telepata....

~

A antônio Peticov

A média oligárquica das cores
Sob o ministério essenssiocrátio
Decide, nesta comemoração pela flor
Plebicitar as prefeituras da arte

~

Queres então que eu crie
Um universo à beira-mar?
Praias com areia de que ampulheta?
Águas construídas em que tear?

~

Dia encerra, dia começa
Ondas que sobem e descem
A queda de um é ascenção de outro
A graça de Deus te sustente e te pese,
mas seja tu amante de minhas trevas.
Amará ela amanhã
Hoje não que
vou dormir.....

~

Todo rio desemboca no mesmo oceano?
Todo vivo acaba na mesma morte?
Toda palavra se cala em lugar-comum?

~

Passeio Noturno
Devo fechar meus olhos mas vou me perguntando
Sou eu meus sentidos?

~

Triste sou que acompanho modo de "querer-saber" do mundo fadado já ao fracasso. Ou ao sucesso rápido e devastador. No pior Sentido.
Triste sou eu que quando os papéis me olham, devo desviar meu olhar e devo morrer e dormir.
Triste sou eu cuja hora vai ficar perdida pela vida inteira.

~

também visitei o lugar de meu 1o passeio de minha vida: O BH Mall. (...)
Visitar o Mall me deu um misto de estupefação e desinteresse, alternadamente.
(talvez por causa de uma foto, o mall é como eu imaginei... eles ainda tem neon azul no teto)

~

O mundo humano desaponta. Maravilha, mas sempre desaponta com uma tristeza que beira a revolta e confinamento. Mamam os peitos da tolerância nos estádios, obras, crises, choros, sofrimentos, prazeres momentâneos, poder & dinheiro e, por fim, natureza humana. desaponta!

~

NÃO QUERO MAIS RELIGIÕES DE PALAVRAS ONDE O SERMÃO É O ÚNICO TEMPLO!

~

As despedidas verdadeiras são feitas sem que haja olhares para trás.

~

Arrumar malas é como produzir uma tempestade às avessas.

~

Há!, Que interessante...
Vc não quer mudar, você não quer deixar o que é para trás.
Vc não quer parar de orar por mudança...
Bom... durma... Os dias nunca são tão parecidos assim uns dos outros.

~

Vamos celebrar! Observe o ritmo e acompanhe!
Feche os olhos, nãoligue para as luzes.
Balance!

Mais uma vez vamos celebrar a música.

Tenho um pensamento que é da cor do Sol.
Tenho uma palavra na mente que não sai.

Saudade bate na mesa com força
E consegue a atenção que desejava.

~

O Amor é hostil
E se alimenta de veneno dos homens.
Eu, doente, arrasto-me...

~

Moça de palavras dóceis!
Meu relógio pergunta por ti!

~

Querido eu,

Tenho certeza que nos achamos finalmente em uma casa
Cujos telhados são feitos de chocolate
Paredes feitas de biscoito...
Desculpe o delírio!
O espelho d'água tremeu
E seus anéis desfocaram
A lágrima que move a pena de meu poema.
Talvez algum dia, eu, estaremos
encobertos totalmente por aquela água.

Seu, RCL

...

Eu caio no sono, o efeito é devastador.

O ano não se embebedou. Olha pra mim com olhos escondidos na penumbra. Eu sei que sonharei com praias e céus de anil. O ano não sonha.

Eu não sei, pq estou dormindo, mas quase tenho certeza de que ele vai sair pela porta sem olhar para trás. É assim que são as reais despedidas.

music of the day: Dave Matthew's Band - Grey Street

"Porquanto
Como conhecer as coisas senão sendo-as?"
Jorge de Lima

quarta-feira, dezembro 14, 2005

blindly, keep on touching it!

A maior escuridão que já adentrei foi uma noite, no sítio de adauto em SP, onde não havia estrelas no céu, a lua não aparecera ou era nova, e tudo o que se via pela frente era BREU! Os olhos fechados eram mais claros! E eu tinha que achar o caminho apalpando com as mãos até chegar na casa (acreditem! Não podia ver a casa!) para conseguir a chave para abrir o portão e deixar o carro entrar. Olhando pra trás via o farol do carro luminoso, mas iluminando somente perto dele.

Nada, absolutamente nada era visto na minha frente, e eu, sabendo q o caminho pra lá era de pedra, pus as mãos no chão e o q senti foi grama!

Desesperador.

Mas eu n caí em lago nenhum, e botando um passo após o outro, eu encontrei as tais pedras, e fui apalpando o caminho até vislumbrar algum rastro de luz pela frente!

Eu nunca vi um breu maior ao ar livre do que naquela noite, mas foi nela que eu percebi uma força minha, a do enfrentamento do medo, e nela eu tenho me abraçado ultimamente.

Este ano foi uma noite como aquela, em q me diverti à beça com o fato de a noite ter sido um breu perfeito. Ontem foi o dia em q tive q achar as pedras.

Depois daquela noite, as estrelas tomaram um sentido muito maior, se tornaram maiores em minha visão, a lua se tornou mais mística, e as escuridões não se tornaram tão escuras e, melhor, passei a andar pra frente, mesmo não enxergando nada.

Claro que não me tornei menos destrambelhado. Mas ainda não derrubei nada quebrável.

Amanhã talvez eu me perca de novo, talvez eu sinta grama e não sinta mais nada em volta e me perca com força. Mas neste momento, eu não toco nas pedras.

Estou muito ocupado em dar o passo à frente.

...

music of the day: Creedance Clearwater Revival - I Heard It Throught The Grapevine

"Amor...
Vc já amou?
(Desejo responde: Pode-se dizer que sim)
Horrível não?
(Desejo pergunta: De que maneira?)
Você fica tão vulnerável. O peito se abre e o coração tb. Desse jeito qualquer um pode entrar em você e bagunçar tudo.
Você ergue todas essas defesas. Constrói essa armadura inteira, durante anos, pra que nada possa causar mal. Aí uma pessoa idiota, igualzinha a qualquer outra, entra em sua vida idiota.
Você dá a essa pessoa um pedaço seu. E ela nem pediu. Um dia, faz uma coisa boba como beijar vc ou sorrir e, de repente, sua vida não lhe pertence mais.
O amor faz reféns. Ele entra em vc. Devora tudo q é seu e te deixa chorando no escuro. Por isso, uma simples frase como "talvez a gente devesse ser apenas amigos" ou "muito perspicaz" vira estilhaços de vidro rasgando seu coração.
(Desejo comenta: Que pitoresco!)
Dói. Não só na imaginação ou na mente. É uma dor na alma, no corpo, uma verdadeira dor do tipo entra-em-vc-e-destroça-por-dentro.
Nada deveria ser assim. Principalmente o amor.
Odeio o amor."

Neil Gaiman - Sandman #65

segunda-feira, dezembro 05, 2005

get the taste of it!

No momento me sinto leve. Leve e definido. Tenho poder sobre mim, finalmente. Não sei quanto vai durar essa porção de vida, mas é preciso agarrar-me firmemente...

A momentos atrás eu estava calmo, e depois envergonhado, logo em seguida confuso, então fiquei feliz, e logo em seguida frustrado. Depois me ansiei um pouquinho e de repente fiquei triste. Aí eu me mantive impassível, depois arrependido, e depois arrependido de me arepender. Logo em seguida fiquei curioso, entusiasmado, perplexo, emocionado, e por fim feliz (ou qq outra coisa q n seja tristeza o que pode ser muita coisa).

Neste momento as coisas que ficam na nossa cara ficam evidentes pela nª vez (com n um inteiro de valor enorme) mas eu agora tento pegá-las no ar.

Olhando pra cima, a vida é um mar. E o que se encontra na esfera dos sentidos é a superfície. Eu tenho um mar bravio em maremoto em minha vida. Toda espécie de comparação perpassa minha mente, mas só isto basta. Eu preciso me agarrar às ondas, de minha vida.

Prossiga.


.... É preciso que eu me agarre firmemente à prancha de surf. Eu não sei surfar como... como todos ao meu redor.

Eu sorrio como de costume, e tudo volta a ser como antes. Amanhã será hoje. Mas pode ser que não seja, não tem porque ser. Nem porque não ser. Não há como ser igual de qualquer maneira. Não há caminho a ser trilhado instantaneamente.

O que eu gosto? Eis a minha prancha. Aprendo a surfar, ao som de um tema musical que me comove.

Mas eu não sou fácil.

music of the day: Muse - Micro Cuts

"Pela primeira vez examinei a mim mesmo com o propósito seriamente prático. E
ali encontrei o que me assustou: um bestiário de luxúrias, um hospício de
ambições, um canteiro de medos, um harém de ódios mimados."
C. S. Lewis

sexta-feira, dezembro 02, 2005

drink with it!

Eu começei a pouco (não muito pouco) tempo meu 2o caderno, verde feito... Não me recordo de nada tão simplesmente verde. O 1o tem o guga na capa sorrindo e segurando seu troféu de vencedor.

Dentro não se vê esporte, nem um vencedor. Mas ao contrário do que se pensa, não há lamentos. Bem... há. Mas mt menos. O que há é o que a tia mostra qd corta a semente para os alunos empolgados da pré-escola. É o blues, para o rock. É um blog meu para mim mesmo. Há nele a poesia que o mundo não se interessa. Há a palavra, e aquela frasezinha que se faz quase exatamente na hora em que mergulho (ou seria salto?) para o Sonhar. Aquilo que na lucidez do dia seguinte fico tentando me achar e não encontro.

Apesar de ter começado em agosto do ano anterior, eu considero este caderno meu olá a 2005, esse ano estranho e denso e que tenho começado a dizer "bom... a hora tá chegando..." e ele me diz "espere aí... toma mais uma!".

Eu tomo. Tem tempo. Olho sorrindo pra ele, com olhar lento e começo a conversar... vc sabe... lembrar... é o assunto predileto dos sóbrios. A bebida jamais vai nos deixar bêbados. É o que todo sóbrio pensa, antes de o ano se levantar, abrir a geladeira e tirar dela uma smirnoff........ "me conte alguma coisa sobre antes de me conhecer."

.....

16/ago/2004

E onde está a resposta? Numa caverna? Num castelo?
Qual foi a primeira pergunta já feita por um ser humano?
Os anjos existem e estão aqui?
Os computadores podem trabalhar com outras bases além do Sim e do Não?
Há uma memória fora do físico?
Há magia dentro do real?
Pode o amor inteligentizar?

01/set/2004

E se fizessem uma cidade cujas ruas estejam escritas nas impressões digitais de suas mãos?

13/dez/2004

Então me conta, passarinho
Devo fingir que és real?
Ouço em alto e belo som
Murmurar-me sobre as paixões
E as cantigas e histórias
De maravilhosos povos.
Sei que devo tocar os pés na Terra
E andar olhando o caminho...
Não fique me lembrando! Já sei!
Me diga, ao menos, que isto,
Esta coisa de realidade
Não se distingue com fantasia
Exceto o lado de quem olha.
Diga-me sem rodeios que és verdade.
Pois seria triste ser realista
E espantar um beija-flor
Beijando a flor de minha pele.

28/dez/2004

Apareça

Seu Nome é o mesmo que Deus tanto sussurra.
Seu Nome ecoa inonimável por dentro dos ouvidos
De homens loucos ou de razão enfraquecida

Apareça

Escreva Seu Nome na palma de minha mão

29/set/2004

ESTAMOS PRESTES A DEVOLVER NOSSO DIREITO DE VIVER. NÃO POR DESPREZÁ-LOS, MAS POR... NÃO SEI... CONVENIÊNCIA?

29/ago/2004

Sejamos bonitos.

05/set/2004

Não sei bem o que sentir
Se devo condenar, se devo cossentir (SIC)

Sinto que calado sou mais humano.
Maldita seja minha boca, Maldito seja meu coração!
Preciso, Pai, amaldiçoá-los, enquanto eu me amaldiçoo com eles.

04/nov/2004

E vocês têm idéia do que é viver assim, apenas com letras dos outros? Sem vida Real?
Estou aqui preso por letras! Entendam, pelo amor de Deus! Não tenho face! Não compreendem? Então vou dizer-lhes (não escrever! Não para mim!) minha história. E sem rasuras, para mostrar-lhes!

09/nov/2004

O óculo converge os raios do Sol
Eu vôo em volta dele, frágil
Queimo minha derme
Faço chamas em meus cabelos
Mas eu quero ver o Sol
Ou morrerei de tristeza
E transbordante de nada

..

music of the day: Beto Guedes - A Página do Relâmpago Elétrico

"Sim, inverno, estamos vivos."
Paulo Leminski