sexta-feira, dezembro 02, 2005

drink with it!

Eu começei a pouco (não muito pouco) tempo meu 2o caderno, verde feito... Não me recordo de nada tão simplesmente verde. O 1o tem o guga na capa sorrindo e segurando seu troféu de vencedor.

Dentro não se vê esporte, nem um vencedor. Mas ao contrário do que se pensa, não há lamentos. Bem... há. Mas mt menos. O que há é o que a tia mostra qd corta a semente para os alunos empolgados da pré-escola. É o blues, para o rock. É um blog meu para mim mesmo. Há nele a poesia que o mundo não se interessa. Há a palavra, e aquela frasezinha que se faz quase exatamente na hora em que mergulho (ou seria salto?) para o Sonhar. Aquilo que na lucidez do dia seguinte fico tentando me achar e não encontro.

Apesar de ter começado em agosto do ano anterior, eu considero este caderno meu olá a 2005, esse ano estranho e denso e que tenho começado a dizer "bom... a hora tá chegando..." e ele me diz "espere aí... toma mais uma!".

Eu tomo. Tem tempo. Olho sorrindo pra ele, com olhar lento e começo a conversar... vc sabe... lembrar... é o assunto predileto dos sóbrios. A bebida jamais vai nos deixar bêbados. É o que todo sóbrio pensa, antes de o ano se levantar, abrir a geladeira e tirar dela uma smirnoff........ "me conte alguma coisa sobre antes de me conhecer."

.....

16/ago/2004

E onde está a resposta? Numa caverna? Num castelo?
Qual foi a primeira pergunta já feita por um ser humano?
Os anjos existem e estão aqui?
Os computadores podem trabalhar com outras bases além do Sim e do Não?
Há uma memória fora do físico?
Há magia dentro do real?
Pode o amor inteligentizar?

01/set/2004

E se fizessem uma cidade cujas ruas estejam escritas nas impressões digitais de suas mãos?

13/dez/2004

Então me conta, passarinho
Devo fingir que és real?
Ouço em alto e belo som
Murmurar-me sobre as paixões
E as cantigas e histórias
De maravilhosos povos.
Sei que devo tocar os pés na Terra
E andar olhando o caminho...
Não fique me lembrando! Já sei!
Me diga, ao menos, que isto,
Esta coisa de realidade
Não se distingue com fantasia
Exceto o lado de quem olha.
Diga-me sem rodeios que és verdade.
Pois seria triste ser realista
E espantar um beija-flor
Beijando a flor de minha pele.

28/dez/2004

Apareça

Seu Nome é o mesmo que Deus tanto sussurra.
Seu Nome ecoa inonimável por dentro dos ouvidos
De homens loucos ou de razão enfraquecida

Apareça

Escreva Seu Nome na palma de minha mão

29/set/2004

ESTAMOS PRESTES A DEVOLVER NOSSO DIREITO DE VIVER. NÃO POR DESPREZÁ-LOS, MAS POR... NÃO SEI... CONVENIÊNCIA?

29/ago/2004

Sejamos bonitos.

05/set/2004

Não sei bem o que sentir
Se devo condenar, se devo cossentir (SIC)

Sinto que calado sou mais humano.
Maldita seja minha boca, Maldito seja meu coração!
Preciso, Pai, amaldiçoá-los, enquanto eu me amaldiçoo com eles.

04/nov/2004

E vocês têm idéia do que é viver assim, apenas com letras dos outros? Sem vida Real?
Estou aqui preso por letras! Entendam, pelo amor de Deus! Não tenho face! Não compreendem? Então vou dizer-lhes (não escrever! Não para mim!) minha história. E sem rasuras, para mostrar-lhes!

09/nov/2004

O óculo converge os raios do Sol
Eu vôo em volta dele, frágil
Queimo minha derme
Faço chamas em meus cabelos
Mas eu quero ver o Sol
Ou morrerei de tristeza
E transbordante de nada

..

music of the day: Beto Guedes - A Página do Relâmpago Elétrico

"Sim, inverno, estamos vivos."
Paulo Leminski

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

nem creio q essas coisas acontecem!!!

vc tem um caderno?!=o

2:40 AM  

Postar um comentário

<< Home