sábado, janeiro 21, 2006

find its meaning!

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music of the day: O filme "Ray"

"Eu não tinha pais, adotei o céu e a terra como meus pais.
Eu não tinha casa, adotei estar consciente como minha casa.
Eu não tinha vida nem morte, adotei respirar e aspirar como vida e morte.
Eu não tinha meios, adotei a compreensão como meio.

Eu não tinha habilidade especial, adotei a moral como minha habilidade especial.
Eu não tinha olhos, adotei ser rápido como a luz como olhos.
Eu não tinha ouvidos, adotei a sensibilidade como meus ouvidos.
Eu não tinha membros, adotei a agilidade como meus membros.

Eu não tinha estratégias, adotei a concentração e não desvanecer em pensamento como estratégia.
Eu não tinha projetos, adotei a previsão de oportunidades como projeto.
Eu não tinha princípio, adotei a adaptação às situações como princípio.
Eu não tinha amigos, adotei meu coração como amigo.

Eu não tinha talento, adotei a persistência como talento.
Eu não tinha inimigos, adotei a imprudência como inimiga.
Pra mim não haviam milagres, adotei em levar a vida corretamente como meu milagre.
Eu não tinha corpo, adotei a paciência como corpo.

Eu não tinha armadura, adotei a compaixão e a solidão como minhas armaduras.
Eu não era iluminado, adotei a determinação como iluminação.
Eu não tinha espada, adotei a ausência de ego minha espada."

Crença do Guerreiro, poema samurai de origem incerta, que encontrei em Chonchu #15 meio que adaptado pelo autor, Kim Sung Jae. Coreano. Outro post eu coloco a versão que encontrei em inglês e menos constextual, que é mais completa.

Pra me lembrar.

terça-feira, janeiro 17, 2006

make it blue, for now!

Para deixar que meu espírito deixe de estar assim vidrado, eu te deixo, tristeza, entrar no coração. É vital para mim que eu reencontre a tranquilidade e a medida das coisas.

O amor é hostil e faz reféns, e no momento, deixar-me com a cabeça levantada está me fazendo dar tiros sem querer, e grande parte sai pela culatra. Eu invejo a gente que não precisa dessas coisas para sobreviver, e eu imagino que este seja o preço que eu devo pagar para minhas metas para 2006.

Desprender-se do mundo, não se importar mais consigo, atirar minhas gotas d'água ao oceano...

Neste navio petroleiro, eu acho que só quem embarcou fui eu.

Deixo em minha estante, na cabine do capitão, meus livros orientais, meus discos monumentais, e nada mais. Só me dói mesmo é jogar o que deixei no sótão ao mar. Dói, tristeza, e é por isso que preciso de vc para amenizar tudo.


music of the day: Qualquer uma melancólica e bonita.

"Na poça da rua
O Vira-lata
Lambe a Lua"
Millôr Fernandes - Hai-Kais