sorry it!
Preciso dizer, senhores leitores deste solitário blog, que ele não deveria servir somente para momentos de melancolia, mas para os momentos diversos na vida. Hoje eu me vi num esforço inimaginável para falar. Eu falei. Consegui. Mas não o bastante.
E hj eu me vi em falta com todos ao redor. Todos!, sem tirar ninguém. Provavelmente não deveria sofrer com isso, e não sofro, mas tenho a ligeira impressão que se não o fizer, vai continuar tudo na mesma. Devo pedir desculpa a todos por essas coisas minhas.
Minhas só e que não conseguem ser transferidas para mais ninguém pela minha necessidade abusiva de se comunicar mais do que minha inteligência permite. Não tenho sido correto com as pessoas, não consigo prestar a atenção que lhes cabe, eu fico até tentando me esconder atrás das praticidades das imprensas digitais e me fazendo passar por alguém seguro de si, quando eu não passo de um adulto que não soube crescer direito.
Ás vezes eu até ouso ver que a culpa de algumas coisas não é minha. Mesmo que não seja, de que adianta isso? A gente tem dois olhos pra frente. A culpa sempre é minha, de alguma forma. É assim que quero acreditar.
Se eu falto com vocês, a culpa será minha, e eu devo pedir perdão por isso.
O ponto da minha ferida onde eu devo encontrar a farpa e tirá-la dói na minha memória feito tumor. É muito egoísmo, mas eu queria secretamente que vocês me ajudassem nisso. Cultivar amizades, colorir telhados, enlaçar os laços... Se eu não querer isso, quem eu seria a não ser este blog onde se desabilitaria com meu atestado de óbito?
Não demora nadinha para eu me fartar siples e definitivamente de tudo isso.
...
Por falar em blogs, eu acho incrível as coincidências de vários citarem ao mesmo tempo independentemente sobre uma coisa só. Blogs e orkuts e flogs e essas coisas que faz a pessoa ficar presa à excessiva liberdade que ela mesma se impõe foram discutidos em vários momentos nessa semana. Muitas vezes a motivação é a vaidade. Muitas muitas vezes é a necessidade de atenção. Muitas vezes a pessoa se acha, como se visse em um espelho que reflete ela mas sem acompanhar os movimentos, ou pior, encontrando posições nunca vistas de si mesma, ou pior, reflexos com vida própria.
Eu olho para este blog, e para meu orkut, e para meu antigo flog, e vejo tudo isso mais ou menos. Este blog não me reflete muita vaidade. O orkut não me serve para chamar atenção. Eu perdi o flog por justa causa, mas me era querido e me fazia alimentar essa coisa da criação.
Então é tudo isso, certo, mas mais do que tudo isso, eu tenho esse meu auto-flagelo para minha privacidade para...
... Para dizer o que não é dito. Para mostrar o que não sei mostrar. É um espaço livre. Um aquário de sua casa, com peixes muito diferentes e vivos. Um jardim com o portão aberto e balança banco mesa e chá das 5 para os transeuntes. Intimidade com o social. Diálogo Novo.
Eu vou vendo o que mostro e o que não. Alguns não se controlam, outros fazem vista grossa. Todos se enchem de letras e cores efêmeras que não têm garantias que vão se prolongar, e todos se olham, uns aos outros. O mundo mudou, com a internet, de uma maneira que ninguém percebe. O que é bom e o que é ruim, como sempre só vai se distinguir no futuro.
Mas muitos não precisam disso, e muitos até deveriam parar. Mas eu estou acomodado com meu jardim aberto. Ladrões entram para me enrolar e roubar minhas plantas. Eles são malandros e se confundem entre os amigos. Eu sou desleixado em identificá-los.
...
Eu sou meu jardineiro, tentando cultivar minhas plantas, dar atenção aos visitantes, espantar as saúvas e cuidar de minha casa.
Todos são.
Acho que brasileiro gosta de visitas em seu jardim. É por isso que acho tão normal essas coisas acontecerem e fazerem tão mais sucesso aqui que fora do país de minha língua.
.
music of the day: Muse - Endlessly
"Uma definição define apenas os definidores."
E hj eu me vi em falta com todos ao redor. Todos!, sem tirar ninguém. Provavelmente não deveria sofrer com isso, e não sofro, mas tenho a ligeira impressão que se não o fizer, vai continuar tudo na mesma. Devo pedir desculpa a todos por essas coisas minhas.
Minhas só e que não conseguem ser transferidas para mais ninguém pela minha necessidade abusiva de se comunicar mais do que minha inteligência permite. Não tenho sido correto com as pessoas, não consigo prestar a atenção que lhes cabe, eu fico até tentando me esconder atrás das praticidades das imprensas digitais e me fazendo passar por alguém seguro de si, quando eu não passo de um adulto que não soube crescer direito.
Ás vezes eu até ouso ver que a culpa de algumas coisas não é minha. Mesmo que não seja, de que adianta isso? A gente tem dois olhos pra frente. A culpa sempre é minha, de alguma forma. É assim que quero acreditar.
Se eu falto com vocês, a culpa será minha, e eu devo pedir perdão por isso.
O ponto da minha ferida onde eu devo encontrar a farpa e tirá-la dói na minha memória feito tumor. É muito egoísmo, mas eu queria secretamente que vocês me ajudassem nisso. Cultivar amizades, colorir telhados, enlaçar os laços... Se eu não querer isso, quem eu seria a não ser este blog onde se desabilitaria com meu atestado de óbito?
Não demora nadinha para eu me fartar siples e definitivamente de tudo isso.
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Por falar em blogs, eu acho incrível as coincidências de vários citarem ao mesmo tempo independentemente sobre uma coisa só. Blogs e orkuts e flogs e essas coisas que faz a pessoa ficar presa à excessiva liberdade que ela mesma se impõe foram discutidos em vários momentos nessa semana. Muitas vezes a motivação é a vaidade. Muitas muitas vezes é a necessidade de atenção. Muitas vezes a pessoa se acha, como se visse em um espelho que reflete ela mas sem acompanhar os movimentos, ou pior, encontrando posições nunca vistas de si mesma, ou pior, reflexos com vida própria.
Eu olho para este blog, e para meu orkut, e para meu antigo flog, e vejo tudo isso mais ou menos. Este blog não me reflete muita vaidade. O orkut não me serve para chamar atenção. Eu perdi o flog por justa causa, mas me era querido e me fazia alimentar essa coisa da criação.
Então é tudo isso, certo, mas mais do que tudo isso, eu tenho esse meu auto-flagelo para minha privacidade para...
... Para dizer o que não é dito. Para mostrar o que não sei mostrar. É um espaço livre. Um aquário de sua casa, com peixes muito diferentes e vivos. Um jardim com o portão aberto e balança banco mesa e chá das 5 para os transeuntes. Intimidade com o social. Diálogo Novo.
Eu vou vendo o que mostro e o que não. Alguns não se controlam, outros fazem vista grossa. Todos se enchem de letras e cores efêmeras que não têm garantias que vão se prolongar, e todos se olham, uns aos outros. O mundo mudou, com a internet, de uma maneira que ninguém percebe. O que é bom e o que é ruim, como sempre só vai se distinguir no futuro.
Mas muitos não precisam disso, e muitos até deveriam parar. Mas eu estou acomodado com meu jardim aberto. Ladrões entram para me enrolar e roubar minhas plantas. Eles são malandros e se confundem entre os amigos. Eu sou desleixado em identificá-los.
...
Eu sou meu jardineiro, tentando cultivar minhas plantas, dar atenção aos visitantes, espantar as saúvas e cuidar de minha casa.
Todos são.
Acho que brasileiro gosta de visitas em seu jardim. É por isso que acho tão normal essas coisas acontecerem e fazerem tão mais sucesso aqui que fora do país de minha língua.
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music of the day: Muse - Endlessly
"Uma definição define apenas os definidores."
Mário Quintana