sábado, janeiro 29, 2005

Protect It!

Minha tristeza não consegue se definir com arte. Ela vai e e se faz presente nos músculos como uma tautologia se comprovando ou um calculo numérico em números complexos.

Não há nela uma gota de verso ou sequer uma rima. Minha tristeza está na ata da história de um edifício, como um problema ao qual vai sendo escondido com remendos e acoxambramentos e fingí-la como um problema comum. Mas está na ata. E ninguém denuncia. E o edifício está desde sempre ameaçado a cair.

Não há vento nela. Somente um frio metálico, escuro como um buraco negro, ou como uma solitária em que encarcero meu coração, e o alimento com pão e água ocasionalmente. Não há romantismo nele. E se existe amor, ele apenas consegue acariciar os cabelos do coração nas horas de pânico, dizendo-o palavras de sabedoria e protegendo-o de mim e de meu orgulho estúpido...

Minha tristeza é uma dissertação científica sobre a estupidez e suas propriedades construtivas na palavra, e destrutivas no significado.

music of the day: o som que se ouve no silêncio da noite dentro de uma piscina, e vc, boiando, olhando pras estrelas.

"Nunca tantos souberam tão pouco sobre tanta coisa"
Não lembro de quem é